A rosa branca (II)
Tantas púrpuras rosas pelo chão;
Grosas e grosas, lá se vão as rosas;
Entre as rosas feiosas, mal-cheirosas,
Brilha uma branca rosa, em exceção.
Meu olhar escolheu tal rosa, então,
Protegeu-lhe, entre rosas perigosas.
Rosa a seiva que falta àquelas grosas,
Concede à rosa branca o coração.
Contrastes já não valem mais, nem cores
Que, dentre mil amores, são só teus,
Pois o tempo carrega esses primores.
Vale é ser essa flor que, aos olhos meus,
Nunca apodrecerá, como outras flores.
Vais brilhar nos rosais do eterno Deus.
Bernardo Trancoso
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