segunda-feira, 30 de maio de 2011

GIRANDO O SOL


Terceiro Canto

Cajás! Não é que lembra à Laura um dia
(Que dia claro! esplende o mato e cheira!)
Chamar-me para em sua companhia
Saboreá-los sob a cajazeira!

- Vamos sós? perguntei-lhe. E a feiticeira:
- Então! tens medo de ir comigo? - E ria.
Compõe as tranças, salta-me ligeira
Ao braço, o braço no meu braço enfia.

- Uma carreira! - Uma carreira! - Aposto!
A um sinal breve dado de partida,
Corremos. Zune o vento em nosso rosto.

Mas eu me deixo atrás ficar, correndo,
Pois mais vale que a aposta da corrida
Ver-lhe as saias a voar, como vou vendo.

Alberto de Oliveira

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