sexta-feira, 16 de julho de 2010

AVENTAL

Soneto para duas mulheres

Difícil encontrar moça tão bela,
E a mãe de igual beleza toma conta
Da filha que não é nenhuma tonta
E que não vai cair em esparrela.


Menina ela queria a mãe total
E o pai na mesma casa da família;
Com o pai separado em sua ilha,
Só mãe anda a seu lado de avental.





Padrasto ela não quis, tinha ciúmes;
Lembrava quando os três viviam juntos.
Agora que é mulher quer liberdade

De usar mais variados dos perfumes,
Sem mãe sempre ao seu pé todos segundos
De loba que ela é em fatuidade.

Oscar Cravo

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